domingo, 5 de agosto de 2012

E aqui estou. Acho que esse é mais ou menos o décimo Dia dos Pais que não passo do lado do meu grande criador. Do cara que mata um leão por dia. Ainda lembro da última vez que vi meu pai antes dele partir para o velho continente, era uma manhã de algum dia da semana, a empregada me avisou que ele estava em frente a casa, ai fui lá, conversei um pouco com ele. Ele me abraçou e partiu. Acho que só fui saber que ele tinha ido morar em outro continente depois de alguns meses. Era criança não entendia direito o que eram os sentimentos. Saudades pra mim remetia a ficar sem meu video game por todo o final de semana. Agora sei muito bem o que é saudade como ela funciona e como ela me atinge.
E sempre em uma tarde como outra qualquer esse sentimento aparece a tona e vem me incomodar. Lógico, não sinto só saudades do meu pai. Mas dele é muito mais complicado porque é uma das poucas pessoas que mesmo que me esforce, não consigo ver com facilidade.
Os dias vão passando e a medida que as coisas vão se tornando realidade tudo fica extremamente mais complicado, e o pior. O tempo está voando. Parece que foi ontem que estava indo para Curitiba logo após o Natal em família.
Só que tem tempos em que está tudo tão frio, complicado, porque ai os minutos custam a passar, a vida fica sem graça e sem cor. Nesses dias, falta luz, as noites se tornam intermináveis e tão mais triste do que costumavam ser. O sorriso que normalmente saia em qualquer brincadeira agora custa a sair. Não quero mais lembrar, não quero mais sentir, não quero passar por tudo isso. Quero que esses dias passem rápido, quero fechar os olhos e só voltar a abri-los quando o dia tiver cor e voltarem a brilhar como antes.

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