domingo, 5 de agosto de 2012
O primeiro a me segurar nos braços, o primeiro som que saiu da minha
boca, o primeiro que sorriu ao me ver nascer, que viu meu rosto e me
chamou de “filha” ainda na sala de parto, que deu-se inteiramente por um
amor incondicional, amor que não sabia explicar de onde vinha, como
surgira, que antes mesmo de olhar dentro dos meus olhos já sentia.
Tocava a barriga da esposa com carinho, cantava pra eu me aquetar
durante a noite, me acalentava nas horas de cólica, me balançava de um
jeito que mais ninguém sabia fazer. Brigou muito comigo, já me deixou de
castigo, mas nunca teve coragem de levantar um dedo pra me bater, me
educou, me ensinou o que era certo e errado, abriu mão de muitos sonhos
por amor a mim. Se dedicou ao máximo pra me dar tudo do melhor, pra me
fazer ter a infância e a adolescência que você não teve. Deixa de
comprar coisas pra você pra poder me manter num colégio bom, nunca
deixou faltar nada de alimento na mesa dessa família, sai todos os dias
pra trabalhar com mil problemas na cabeça e nunca desiste. Meu maior
exemplo de persistência e vitória. O homem que mesmo diante a tantos
obstáculos, não abandona a guerra, vai pro campo de batalha cada vez que
sai de casa, e volta ainda com um sorriso no rosto, e os olhos cansados
- olhos de um guerreiro valente desgastado pelos anos, mas que é
renovado a cada nascer do sol pela fé. Meu pai. Um herói de verdade, que
me deu tudo que eu tenho hoje, e pra quem irei dever pelo resto da
minha vida. Que fez o que fez por amor sem esperar nada em troca, mas,
com certeza, tem a minha eterna gratidão. Eu nunca poderei explicar o
que você significa pra mim, pai. E eu sei que não digo muito isso, mas
eu te amo.
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